"A Causa Secreta" é um conto escrito por Machado de Assis, publicado originalmente em 1885 na Gazeta de Notícias. É tido como um de seus clássicos mais sombris, e também um dos que caracterizam o extremo do mal na natureza e na sociedade.
Objetivo da Obra:
Em 3ª pessoa, o narrador onisciente constitui uma notável caracterização psicológica em que revela, ao fazer o estudo do personagem Fortunato, o ápice do prazer que é conseguido na contemplação da desgraça alheia. O motivo do conto é explicar o verdadeiro sentido do termo "sadismo". Pouco a pouco Fortunato vai demonstrando tendências sádicas, torturando animais, fato que atordoa a esposa. Quando ela morre, Fortunato, o sádico, presencia o amigo beijar atesta da mulher e derreter-se em choro, saboreando o momento de dor do amigo que lhe traía.
Resumo:
A narrativa aparentemente simples guarda um grande segredo ou uma grande causa secreta.
O narrador onisciente inicia a narrativa relembrando o ano de 1861 quando a personagem Garcia, recém-formado em medicina, e a 1860, quando ainda estudante universitário, conheceu Fortunato.
Garcia havia visto, uma vez, à porta da Santa Casa, outra no Teatro S. Januário onde se encenava um dramalhão cheio de facadas, imprecações e remorsos.
As cenas despertavam em Fortunado uma atenção especial, um grande interesse. No entanto, estranhamente, quando se inicia a parte principal da peça, recheada de risos, ele se retira do recinto.
Semanas depois, Garcia volta a encontrá-lo quando do episódio de um esfaqueado, para o qual Fortunato dedica atenção e ajuda especial durante o seu estágio crítico.
A vir médico e polícia, fica o rapaz agredido sabendo que quem o salvou chama-se Fortunato Gomes da Silveira, solteiro e morador no Catumbi. Quando o ferido, de nome Gouveia, melhora e tenta mais tarde agradecer o obséquio daquele homem justo e bondoso, é recebido com frieza e indiferença.
Não conseguindo entender fica o homem ressentido.
“Foi assim que o próprio benfeitor insinuou a este homem o sentimento da ingratidão.”
Tempos depois, Garcia volta a encontrar-se com Fortunato que o convida a jantar em sua casa, com sua esposa, pois está casado há quatro meses. Durante o jantar o jovem médico conta a Maria Luísa o feito caridoso do marido, este, porém, relata com humor e riso a visita que lhe fizera o homem socorrido.
Maria Luísa ficou aborrecida com a zombaria do marido, mas reconfortada com os elogios do médico às raras qualidades de companheirismo e camaradagem de Fortunato.
Garcia acrescentou que Fortunato foi um excelente enfermeiro e concluiu que se algum dia fundasse uma casa de saúde o convidaria para esse cargo.
Fortunato empolgou-se com a sugestão do amigo e propôs-lhe, imediatamente, uma sociedade.
Apesar da recusa inicial, o jovem Garcia findou por aceitar a proposta e logo que se estabeleceu a clínica, Fortunato tornou-se o “administrador e chefe de enfermeiros, examinava tudo, ordenava tudo, compras e caldos, drogas e contas”.
Fortunato dedicava-se integralmente aos doentes, principalmente para os que se encontravam em estado terminal, levando Garcia a concluir que a dedicação ao ferido que ele presenciara no passado não era um caso fortuito, mas assentava na própria natureza de Fortunato.
A amizade entre os sócios se solidifica, Garcia passa frequentar assiduamente á residência de Fortunato e acaba apaixonando-se por Maria Luísa, num amor calado e resignado. Maria Luísa, por sua vez, percebe e mantém-se reservada.
No começo de outubro ocorreu um incidente que mudará o rumo da narrativa. Fortunato interessara-se a estudar a anatomia e fisiologia, e ocupava-se fazendo experiências com cães e gatos, rasgando-os e queimando-os.
O narrador onisciente inicia a narrativa relembrando o ano de 1861 quando a personagem Garcia, recém-formado em medicina, e a 1860, quando ainda estudante universitário, conheceu Fortunato.
Garcia havia visto, uma vez, à porta da Santa Casa, outra no Teatro S. Januário onde se encenava um dramalhão cheio de facadas, imprecações e remorsos.
As cenas despertavam em Fortunado uma atenção especial, um grande interesse. No entanto, estranhamente, quando se inicia a parte principal da peça, recheada de risos, ele se retira do recinto.
Semanas depois, Garcia volta a encontrá-lo quando do episódio de um esfaqueado, para o qual Fortunato dedica atenção e ajuda especial durante o seu estágio crítico.
A vir médico e polícia, fica o rapaz agredido sabendo que quem o salvou chama-se Fortunato Gomes da Silveira, solteiro e morador no Catumbi. Quando o ferido, de nome Gouveia, melhora e tenta mais tarde agradecer o obséquio daquele homem justo e bondoso, é recebido com frieza e indiferença.
Não conseguindo entender fica o homem ressentido.
“Foi assim que o próprio benfeitor insinuou a este homem o sentimento da ingratidão.”
Tempos depois, Garcia volta a encontrar-se com Fortunato que o convida a jantar em sua casa, com sua esposa, pois está casado há quatro meses. Durante o jantar o jovem médico conta a Maria Luísa o feito caridoso do marido, este, porém, relata com humor e riso a visita que lhe fizera o homem socorrido.
Maria Luísa ficou aborrecida com a zombaria do marido, mas reconfortada com os elogios do médico às raras qualidades de companheirismo e camaradagem de Fortunato.
Garcia acrescentou que Fortunato foi um excelente enfermeiro e concluiu que se algum dia fundasse uma casa de saúde o convidaria para esse cargo.
Fortunato empolgou-se com a sugestão do amigo e propôs-lhe, imediatamente, uma sociedade.
Apesar da recusa inicial, o jovem Garcia findou por aceitar a proposta e logo que se estabeleceu a clínica, Fortunato tornou-se o “administrador e chefe de enfermeiros, examinava tudo, ordenava tudo, compras e caldos, drogas e contas”.
Fortunato dedicava-se integralmente aos doentes, principalmente para os que se encontravam em estado terminal, levando Garcia a concluir que a dedicação ao ferido que ele presenciara no passado não era um caso fortuito, mas assentava na própria natureza de Fortunato.
A amizade entre os sócios se solidifica, Garcia passa frequentar assiduamente á residência de Fortunato e acaba apaixonando-se por Maria Luísa, num amor calado e resignado. Maria Luísa, por sua vez, percebe e mantém-se reservada.
No começo de outubro ocorreu um incidente que mudará o rumo da narrativa. Fortunato interessara-se a estudar a anatomia e fisiologia, e ocupava-se fazendo experiências com cães e gatos, rasgando-os e queimando-os.
Como os guinchos dos animais incomodavam o tratamento dos doentes, Fortunato transferiu o laboratório para sua residência, mesmo com o contragosto da esposa.
Maria Luísa assistia esse comportamento do marido e desesperava-se.
Um dia, porém, ela não aguentando mais, pede a Gouveia que interviesse e que ordenasse Fortunato cessar com tais experiências.
Garcia promete falar ao marido e percebe que Maria Luísa tosse, mas a moça não permite ser examinada.
Fortunato parece ter abandonado as experiências para a tranquilidade da esposa.
Dois dias depois, a narrativa tornou-se mais crítica.
Garcia vê Maria Luísa sair do gabinete do marido gritando “rato” e, quando ele entra surpreende Fortunato vingando-se através de torturas de um rato que supostamente teria roído documentos importantes. Fortunato cortava-lhe as patas e o rabo do bicho, uma a uma, queimando o toco em seguida com cuidado para que o animal não morresse de imediato, possibilitando, assim, o prosseguimento do castigo e maior prazer para o torturador.
Maria Luísa havia pedido para Garcia interromper aquela cena, que foi a que justamente provocou o início do conto. A partir daí, encaminhamo-nos para o desfecho.
Garcia tenta impedi-lo, “mas não chegou fazê-lo, porque o diabo do homem impunha medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. [...] Vendo todo o processo até o fim, sem nada poder fazer, o médico conclui que Fortunato age assim pela necessidade de achar uma sensação de prazer, que só a dor alheia lhe pode dar”.
A doença de Maria Luísa progride e desenvolve tuberculose. É quando seu marido dedica-lhe atenção especial, extremada no momento terminal, ao qual ela não resiste.
O final do texto é crucial para a total compreensão da história.
Durante o velório o médico recomenda ao marido que vá descansar. Fortunato vai dormir, mas acorda vinte minutos depois e retorna à sala onde Garcia vela o corpo.
O viúvo chega bem no momento em que o médico levanta o véu e olha amorosamente para o rosto da amada morta e beija-a. Embora não tenha ciúmes o marido sente sua vaidade ferida por ter sido enganado e somente agora descobrir que Garcia amava sua esposa.
Maria Luísa assistia esse comportamento do marido e desesperava-se.
Um dia, porém, ela não aguentando mais, pede a Gouveia que interviesse e que ordenasse Fortunato cessar com tais experiências.
Garcia promete falar ao marido e percebe que Maria Luísa tosse, mas a moça não permite ser examinada.
Fortunato parece ter abandonado as experiências para a tranquilidade da esposa.
Dois dias depois, a narrativa tornou-se mais crítica.
Garcia vê Maria Luísa sair do gabinete do marido gritando “rato” e, quando ele entra surpreende Fortunato vingando-se através de torturas de um rato que supostamente teria roído documentos importantes. Fortunato cortava-lhe as patas e o rabo do bicho, uma a uma, queimando o toco em seguida com cuidado para que o animal não morresse de imediato, possibilitando, assim, o prosseguimento do castigo e maior prazer para o torturador.
Maria Luísa havia pedido para Garcia interromper aquela cena, que foi a que justamente provocou o início do conto. A partir daí, encaminhamo-nos para o desfecho.
Garcia tenta impedi-lo, “mas não chegou fazê-lo, porque o diabo do homem impunha medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. [...] Vendo todo o processo até o fim, sem nada poder fazer, o médico conclui que Fortunato age assim pela necessidade de achar uma sensação de prazer, que só a dor alheia lhe pode dar”.
A doença de Maria Luísa progride e desenvolve tuberculose. É quando seu marido dedica-lhe atenção especial, extremada no momento terminal, ao qual ela não resiste.
O final do texto é crucial para a total compreensão da história.
Durante o velório o médico recomenda ao marido que vá descansar. Fortunato vai dormir, mas acorda vinte minutos depois e retorna à sala onde Garcia vela o corpo.
O viúvo chega bem no momento em que o médico levanta o véu e olha amorosamente para o rosto da amada morta e beija-a. Embora não tenha ciúmes o marido sente sua vaidade ferida por ter sido enganado e somente agora descobrir que Garcia amava sua esposa.
Seu aborrecimento, porém, converteu-se em prazer ao ver o sofrimento do médico pela morte da amada.
Gouveia ia dar um segundo beijo, mas não aguentou, entregando-se às lágrimas.
Gouveia ia dar um segundo beijo, mas não aguentou, entregando-se às lágrimas.
Personagens:
- Fortunato: um senhor rico, casado e de meia-idade, que demonstra interesse pelo sofrimento, socorrendo feridos e velando doentes – mas, neste reside, na verdade, um sádico, que transformou a mulher e o amigo num par amoroso inibido pelo escrúpulo.
- Garcia: o protagonista, médico atencioso.
- Maria Luísa: mulher de Fortunato, calada, quieta.
Opinião do grupo:
Achamos que é muito bom, pelo fato de Machado de Assis fazer uma crítica satírica à caridade hipócrita e uma observação profunda sobre o lado obscuro dos sentimentos humanos.
Bibliografia:
Nomes:
Gabrielle Fernanda de Arruda Moura n°09
Gabrielle Fernanda de Arruda Moura n°09
Luiza Moreira n°26
Beatriz Silva n°40
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