quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Iracema – José de Alencar
Personagens
Iracema: índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, tinha sua virgindade consagrada a divindade por guardar o segredo da Jurema e é um anagrama de América.
Martim: guerreiro branco e amigo dos pitiguaras, adversários dos tabajaras.
Poti: herói dos pitiguaras e amigo de Martim.
Irapuã: chefe dos tabajaras e apaixonado por Iracema.
Caubi: índio tabajara e irmão de Iracema.
Jacaúna: chefe dos Pitiguaras, irmão de Poti.

Resumo da obra:
Martim se perde da tribo pitiguara durante uma caçada e se caminha sem rumo durante três dias, no interior das matas pertencentes à tribo dos tabajaras, Iracema se deparou com Martim. Amedrontada e surpresa, ela o fere no rosto com uma flechada e ele não reage. Arrependida, ela corre até Martim e lhe oferece hospitalidade. Martim é recebido na cabana de Araquém, onde, ao cair da noite, lhe são oferecidas as mais belas índias da tribo, surpreso por Iracema não estar entre elas, descobre que Iracema se mantém virgem para guardar o segredo da Jurema ( segredo da bebida oferecida ao pajé que ela deveria preparar).
Na mesma noite acontecia uma comemoração festiva recepcionando o grande chefe tabajara que comandaria a luta contra os pitiguaras. Aproveitando-se da escuridão, Martim decide fugir, mas encontra Iracema, aparentemente magoada, que lhe perguntou se alguém o havia feito algum mal para fugir assim. Arrependido, volta para a cabana e passa a noite sozinho.
Na manhã seguinte, os tabajaras se prepararam para a guerra contra os pitiguaras e Martim foi passear com Iracema, mas ele aparentava estar triste e Iracema lhe pergunta se é saudades da noiva e ele nega, mesmo com a negação, Iracema prometeu que ele veria a noiva novamente e deu-lhe uma bebida que ela preparou. Após tomar a bebida Martim adormeceu e sonho com Iracema, inconsciente ele pronunciou o nome da índia e abraçou, ela se deixou abraçar e os dois se beijaram.
Na manhã seguinte Martim anuncia que poderia partir logo e percebe Iracema um pouco triste e para fazê-la voltar è felicidade ele diz que vai ficar e amá-la. Mas Iracema o informa que quem se relacionasse com ela morreria, pois ela é filha do pajé e guarda  segredo da Jurema.
Martim então se despede de Iracema e parte com Caubi. Irapuã e mais cem guerreiros cerca os caminhantes para matar Martim. Mas Caubi se opõe e solta um grito que é ouvido por Araquém  e por Iracema, esta correu em direção a Martim e assistiu à cena tentando convencê-lo a fugir, mas ele se mantém calmo. Caubi provoca Irapuã para lutar com ele, a ponto de começarem a lutar, ouve-se um o som de guerra dos pitiguaras que vinham atacar os tabajaras. Chefiados por Irapuã, os índios correm para enfrentar o inimigo. Só Iracema e Martim não se movimentaram. Irapuã não encontra o inimigo, desconfia que Iracema forjou o grito de guerra para livrar Martim e vai encontrá-la na cabana de Araquém. Protegendo seu hóspede, o velho pajé ameaça matar Irapuã se relasse a mão em Martim. Para afastar Irapuã, Araquém provocou o ronco da caverna que os índios acreditavam ser a voz de Tupã.
Quando chega a noite, ouve-se um grito semelhante ao de uma gaivota, Iracema acreditar ser o sinal de guerra dos pitiguaras, mas Martim reconhece o som que era emitido por seu amigo Poti. A índia foi encontrar-se com Poti para lhe dizer que Martim iria com ele a fim de evitar um conflito das tribos inimigas. Antes de sair, o pai de Iracema lhe diz que é perigoso que Martim saia às claras pois pode ser seguido e sugere que Iracema o esconda no subterrâneo da cabana, vedado por uma grande pedra. Então Caubi entra na cabana e avisa a irmã e Martim que os tabajaras pretendiam matar o branco. Então Iracema o leva ao esconderijo e pede para que Caubi fique de guarda. No interior da caverna, Iracema e Martim ouviram a voz de Poti, embora sem vê-lo ele declara que está vindo sozinho para levar Martim. Combinaram que Martim fugiria ao encontro de Poti só na mudança de lua.
À noite, na cabana, sozinho ao lado de Iracema, Martim não consegue dormir então pede a índia um pouco de vinho para apressar o sono. Dormiu e sonho com Iracema, chamando-a, ela correu acordada para ele, ainda dormindo, sonhou que se abraçavam, sendo que Iracema o abraçou de verdade. Na manhã seguinte, Martim se afastou da moça, dizendo que só podia tê-la em sonho. Ela guardou o segredo do abraço real e foi banhar-se no rio, mal sabia Martim que Iracema havia acabado de perder a virgindade.
À noite, quando começou a festa da mudança da lua, Iracema foi a cabana buscar Martim e conduzi-lo a Poti. Iracema os acompanhou até o limite das terras tabajaras. Quando Martim insistiu para que ela voltasse para sua tribo, ela lhe revelou que não podia, pois já era sua esposa, surpreso, Martim ficou sabendo que tinha sido realidade o que sonhou. Ao escurecer, pararam a caminhada e Martim, passou a noite na rede com Iracema. Ao raiar do dia, Poti, preocupado, os chama, alertando que os tabajaras já o perseguiam, informação que ele colheu escutando as entranhas da terra. Envergonhado, Martim diz para Poti levar Iracema e o deixar só, pois merecia morrer, mas Poti diz que não vai o largar, Iracema concorda e continua com eles.
Irapuã e seus comandantes chegam ao local onde estavam os fugitivos. Correram também os pitiguras sob a chefia de Jacaúna. Travou-se o inevitável combate entre os pitiguaras e os tabajaras. Depois de várias mortes, soou o canto de vitória: Jacaúna e Poti haviam vencido. Os tabajaras fugiram e Iracema chorou ao ver seus irmãos mortos.
Poti retorna a sua taba, feliz por ter salvado o seu irmão branco. Iracema estava triste por ficar hospedada na tribo inimiga de seu povo, Martim, ciente disso, procura um lugar afastado para morarem. Acharam um local apropriado e se estabeleceram. Na nova rotina, Poti e Martim caçavam, Iracema colhia frutos, passeava pelos campos, arrumava a cabana, na expectativa da volta de Martim. Grávida, ela aguardava a hora do parto e não sentia mais contrariedade  por ter saído de sua nação. Com festas, Martim foi introduzido na tribo dos pitiguaras, adotando o nome de Coatiabo.
Com o passar do tempo, Coatiabo entrou em depressão, Iracema não o fascinava tanto. Certo dia, um índio, a mando de Jacaúna, foi até a região onde Poti, Iracema e Martim moravam e convocou Poti para a guerra contra os tabajaras. Martim fez questão de ir com o amigo. Partiram sem avisar Iracema e deixaram uma flecha de Martim, com um goiamum que acabara de abater com uma flor de maracujá entrelaçada  fincada no chão para que Iracema soubesse que partiram. Iracema percebeu que partiram e a partir daquele dia vivia triste a espera de Martim. Os dois guerreiros retornam vitoriosos graças a participação de Martim na luta. De novo em sua cabana, Martim e Iracema se amaram como no inicio do relacionamento, mas logo Martim começou a se afastar outra vez e Iracema vivia triste.
Um dia, apareceu no mar um navio dos guerreiros brancos que se aliariam aos tupinambás para lutarem contra os pitiguaras. Poti e Martim armaram uma estratégia de defesa e  atacaram o inimigo de surpresa.
Enquanto Martim estava em combate, Iracema teve seu filho, sozinha, e o chamou de Moacir, que significa filho da dor. Certa manhã, ao acordar, ela viu à sua frente Caubi, que vinha visitá-la, trazendo paz. Admirou a criança, porem surpreendeu-se com a tristeza da irmã, que pediu para que voltasse para junto de Araquém, velho e sozinho.
Iracema mantinha o filho nutrido, mas ela ficava sem apetite e sem força de tanta tristeza. Quando Martim retornou, Iracema só teve tempo de erguer o filho e apresentá-lo ao pai. Suas ultimas palavras foram que queria ser enterrada debaixo do coqueiro que ela tanto gostava. Depois desfaleceu e não se levantou mais da rede. O sofrimento de Martim foi enorme. O lugar onde enterrou Iracema veio a chamar Ceará.
Martim retornou para sua terra, levando o filho e quatro anos depois retornou ao Ceará, onde implantou a fé cristã. E a jandaia permanecia cantando no coqueiro, ao pé do qual Iracema foi enterrada.




Grupo
Ana Carolina Horta dos Santos Nº01
Gabriella Zan                            Nº08

Nenhum comentário:

Postar um comentário